Neste fim de semana tive uma experiência única, que uniu duas grandes belezas de nossa cidade: o Parque das Copaíbas, lindo e infelizmente ainda pouco conhecido e explorado, e o pôr do sol em nossa cidade.
O Parque Ecológico das Copaíbas pertence à Área de Proteção Ambiental – APA do Lago Paranoá, que tem ao todo 73 hectares. Está localizado no final do lago sul, entre a QI 26 e a QI 28. Foi criado em 1997, por uma lei distrital (Lei n. 1.600/1997), mas permaneceu inacessível ao público por um longo período, em virtude das ocupações irregulares existentes no local. Em 2013 uma decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal determinou a saída dos ocupantes. Não houve, contudo, providências no sentido de seu cumprimento na época, e a determinação foi ignorada pelos moradores do local. Apenas a partir do ano de 2018 foi promovida uma ação no sentido da retirada dessas ocupações ilegais e fechamento do espaço para revitalização, abrindo espaço para a abertura do Parque ao público, que ocorreu em 2019, quando o espaço foi inaugurado, com trilhas e mirantes para uso do público.
O Parque ainda é pouco conhecido do público em geral, mas já começa a ser bastante frequentado tanto pelos moradores das áreas próximas quanto pelos entusiastas das caminhadas e pedais. Não é fácil localizar o parque, e é importante dizer que o ponto disponível no aplicativo Google Maps conduz a um local diferente da entrada do local. O mais recomendável é tomar como referência a Paróquia Nossa Senhora do Rosário. A entrada do parque fica localizada à direita, logo após a paróquia, para quem vem do sentido Paranoá (após a ponte JK segue-se no sentido Paranoá até o retorno, em direção à Paróquia, e se toma a primeira à direita, sempre atento à placa, que não é bem visível da pista). O portão de acesso é pequeno e seguido por um trecho curto de estrada de terra, que por vezes confunde os visitantes, que muitas vezes pensam estar no lugar errado. Mas seguindo um pouco mais encontra-se, à esquerda, o estacionamento, local de encontro costumeiro dos grupos, de onde partem as trilhas.
A trilha tem apenas 4 km, e contém algumas subidas que exigem algum esforço. A beleza e relativa facilidade da trilha, que é muito bem sinalizada, faz com que seja também um bom programa para a família, desde que tomados os devidos cuidados.
A caminhada pode ser feita em sentido horário ou anti-horário, que exige maior resistência, em virtude da subida mais acentuada. Os que utilizam o local para treinar muitas vezes optam por fazer a trilha duas vezes, uma no sentido horário e outra no anti-horário, para potencializar o trabalho e a resistência.
Como não poderia deixar de ser, as belezas do cerrado também estão presentes no parque: árvores e flores que embelezam o percurso, dando alegria aos visitantes.
Para além disso, o local ostenta uma belíssima vista do lago e da ponte JK, que pode ser vista em diversos pontos da trilha. Uma estrutura remanescente das casas que foram retiradas permite a realização de um piquenique com vista para o lago. Além disso, o mirante do parque descortina uma visão incrível de toda a região.
Visitar o local à tarde, e encerrar com o pôr do sol, é uma excelente opção para apreciar esse cenário deslumbrante. Alguns cuidados, contudo, são necessários. É preciso lembrar que o mirante não está tão próximo do estacionamento, e que é preciso muito cuidado no retorno, que será feito já à noite, no escuro. É imprescindível a utilização de lanternas para iluminar o ambiente. Também nunca é demais lembrar da necessidade de proteção corporal, sobretudo por roupas apropriadas – calça e blusa de manga comprida. Embora o calor e a proximidade do lago acabem por tentar as pessoas a utilizar roupas mais curtas e leves, não é recomendável expor o corpo, sobretudo em se tratando de área com vegetação cerrada e presença de pequenos animais, sobretudo no final da tarde. Não se deve esquecer, também, de que é imprescindível utilizar protetor solar para o dia e repelente para o final da tarde. Durante o dia também é recomendável o uso de chapéu, pois o sol se faz bastante presente e deixa sua marca na caminhada. E não se pode esquecer de levar água em abundância, além de lanches para fortalecer e amenizar os impactos da caminhada e, se for a opção do grupo, para compartilhar entre os participantes.
E aproveitem a experiência!