As flores dos ipês estão de volta!

Mal começou a seca e já podemos ver ipês roxos por todo o Distrito Federal.

Eles são muitos, e belos. Deslumbram o nosso olhar.

É irresistível parar para ver os ipês e registrar sua beleza. Fotos dessas lindas árvores já são vistas em quase todos os perfis de moradores de Brasília nas redes sociais e em páginas institucionais. Impossível passar batido por essa beleza do cerrado.

Este é apenas o início da mais bela temporada de Brasília: o ciclo dos ipês, que começa nos meses de junho e julho, com os ipês roxos, os que têm a florada mais duradoura, mantida por 20 a 30 dias. São sucedidos pelos amarelos, que chegam nos meses de julho e agosto, e duram cerca de duas semanas. Em seguida, vem ipê-rosa, já no fim do mês de agosto e, por fim, já em setembro, os efêmeros ipês brancos, cuja floração dura pouco, mas é extremamente bela, como uma árvore de nuvens. Não é raro que no meio do ciclo haja mais de uma floração dos ipês-roxos e dos amarelos, que vão e vêm com sua beleza inigualável.

O nome ipê origina-se da língua indígena tupi e significa casca dura. Ele era  também conhecido como pau d’arco, porque os índios utilizavam sua madeira para fazerem arcos de caça e defesa. São também árvores de grande porte, que podem chegar até 35 metros de altura.

Por suas qualidades, o ipê passou a ser muito utilizado como matéria-prima, em razão da boa qualidade da madeira, que era densa, forte, pesada e dura, além de muito resistente à umidade. Garantia, assim, grande durabilidade, mesmo em condições desfavoráveis.

Considerado uma madeira nobre, o Ipê foi muito utilizado na estrutura de obras, em ambientes externos e até mesmo em detalhes decorativos. Por suas qualidades, teve o seu uso recomendado na construções de pontes, vigas, esquadrias, pisos, escadas, móveis, peças, na fabricação de instrumentos musicais, de portas e janelas, dentre muitas outras finalidades.

Grandes esforços têm sido implementados no sentido da preservação dos ipês. Atualmente, os ipês são considerados as árvores símbolo do cerrado e sua flor é o símbolo nacional. Por isso, muitos projetos foram feitos para o plantio de ipês em vários lugares do Distrito Federal, em acordos judiciais em ações por danos ao meio ambiente, iniciativas educativas e reparatórias. Assim, eles estão presentes em todos os parques de Brasília, e em vários pontos do cenário urbano. É comum vermos ipês nas principais vias de Brasília, como o eixo monumental e o eixo rodoviário, ao lado de prédios públicos, nos edifícios residenciais e nos comércios, às vezes em grande número e numa mistura de cores, formando um espetáculo encantador.

Na esplanada há diversos deles, por isso vemos inúmeros registros dos principais pontos de turismo cívico de Brasília envolvidos pelas flores dos ipês: a Catedral, o Museu Nacional, o Teatro e outros lugares emblemáticos.

Quando chega o período da seca, os até então discretos ipês perdem as suas folhas, que são substituídas por exuberantes cachos de flores.

Por florescerem no período do inverno e da seca, os ipês se transformaram em símbolo de resiliência, da árvore que dá o melhor de si, que exibe toda a sua beleza no período mais inóspito. Um verdadeiro, belo e inspirador milagre em pleno cerrado, que se descortina diante de nossos olhos. Eles inspiram poemas, quadros, esculturas, fotografias e utensílios feitos em sua homenagem, com grande justiça.

Os ipês, sem dúvida, tornam a nossa vida muito mais bela!

 

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