Um domingo de beleza, emoção e aventuras na Cachoeira do Label

Neste domingo tive a oportunidade de conhecer a Cachoeira do Label, que fica na região de São João da Aliança, já na Chapada dos Veadeiros, com as Trilheiras de Brasília.

A Cachoeira do Label é considerada a mais alta do estado de Goiás, com 187 metros de altura. Fica localizada em uma Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN, a 25 km de São João da Aliança, já na região da Chapada dos Veadeiros. A entrada na reserva custa 40 reais. Recomendo o pagamento antecipado, ou em dinheiro, pois a maioria de nós não conseguiu sinal de internet para fazer pix no local.

Muitas pessoas preferem passar um dia na Cachoeira do Label enquanto estão numa temporada na Chapada, ou já no caminho de volta para Brasília, retornando de Alto Paraíso, que fica 75 km adiante de lá. Optamos por fazer um bate e volta. Saímos de Brasília bem cedo, pela BR-020, rumo a São João da Aliança, que fica a 150 km de Brasília. A partir de um posto de combustíveis, que é referência na região, pegamos uma estrada de terra de 26 km, que nos levou à Reserva Belatrix. A estrada tem alguns desafios, como alguns trechos e terra fina e solta, que podem provocar atoleiros, e uma passagem molhada. O cascalho fino e as pedras pequenas e soltas podem também fazer derrapar os mais desatentos ou afoitos. Mas nenhum dos quatro carros que compunham a expedição teve dificuldades para ultrapassar esses obstáculos.

Há uma pequena estrutura na reserva, com banheiros e local para acampamento. Os visitantes devem levar sua própria barraca e equipamentos, se pretenderem permanecer por lá.

A trilha de lá até a cachoeira tem 1,8 km. Passamos por três poços menores, bonitos e agradáveis, onde é possível tomar banho com segurança. É preciso, contudo, ter disposição, pois no inverno a água é bastante fria.

A caminhada é de dificuldade moderada, mas há alguns trechos mais difíceis, sobretudo no final. É preciso ter muita atenção às pedras soltas e ter sempre cuidado onde pisar e apoiar o pé, para evitar quedas. Recomenda-se sempre utilizar as mãos para ajudar o apoio, com atenção também para não agarrar em pontos inseguros ou onde houver presença de insetos e outros animais. Há cordas, tábuas de madeira e outros apoios colocados em alguns pontos de maior dificuldade.

A chegada à cachoeira é a grande recompensa da jornada. Uma visão deslumbrante, majestosa, inesquecível.

É possível tomar banho no poço da cachoeira, mas é preciso estar atento à temperatura: o poço fica permanente na sombra, e a água é bastante fria. É importante se manter aquecido após a saída da água, e estar atento a eventuais sinais de hipotermia.

Na volta tivemos um dos famosos “perrengues” de trilha: uma carreta se lançou na estrada, onde é proibido o tráfego de caminhões, e ficou presa, interrompendo a passagem. Não tínhamos noção de quanto tempo poderíamos ficar retidas, e já eram 16 horas, próximo de escurecer. Como a permanência no local seria inviável, diante da falta dos equipamentos necessários e dos compromissos assumidos na semana, bem como da dificuldade de comunicação, optamos por fazer um caminho alternativo, que nos levou a uma jornada por uma estrada de terra por 100 km, até Itiquira. Foi um caminho desafiador, que vencemos em pouco mais de duas horas. Chegamos a estrada de asfalto, nas imediações de Itiquira, já à noite, depois de muitas emoções. Seguimos para Brasília, onde chegamos cerca de 21 horas.

A organização e cooperação do grupo fizeram toda a diferença para vencer os desafios e tornar esse dia uma experiência incrível!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *